quinta-feira, novembro 30, 2006

Decisão

às vezes as pequenas coisas transformam-se em grandes decisões.
os tempos na vida de uma mulher regem-se, sem qualquer dúvida, por leis bem diferentes dos dos homens. Assim sendo, a tomada de decisões tão simples ( e tão tão complexas) como quando será a melhor altura para finalmente começar a tratar da carta á "cegonha", assume uma relevância e premência inesperadas.

Deixando de lado o pensamento filosófico, heheheh....
há uns dias um comentário brincalhão despoletou uma cascata de acontecimentos e conversas que terminou em... "vamos em frente?"
pois é! e agora.. que emoção! ... começam os preparativos... vai realmente acontecer... aproxima-se um pouco mais o momento de começar a existir um João Miguel/Mariana reais, físicos, nas nossas vidas.
Até aqui eles eram sonhos, projectos muito desejados, frutos da nossa imaginação conjunta (ou não tivessem eles começado a mandar pequenas cartas e presentes ao "pai" já há algum tempo). Agora ... continuam no reino do desejo mas a decisão já foi tomada e começamos a preparar-nos para os receber de braços e corações abertos.

Estou feliz e o mundo parece um lugar um pouco mais bonito porque em cada esquina consigo imaginar o meu tesouro a brincar às escondidas.
Derreto-me com a ideia de poder vir a ficar grávida, de ver a barriga cresecer sabendo o que se esconde lá dentro (bem protegido, e quentinho), com a ideia de segurar nos braços esse serzinho mágico programado para tornar a minha vida num tumulto.

O parto assusta-me sim... fico aterrorizada imaginando no tipo de mãe que me vou revelar... mas por agora... enquanto tudo se encaminha... prefiro ficar-me pelo sentimento de antecipação.

quarta-feira, novembro 22, 2006

uns dias piores que outros

às vezes temos de parar... respirar fundo ... e optar. Mas ao fazê-lo sentir-se bem consciente de que o resto do dia (um de cada vez... sempre) depende dessa opção.

Hoje decidi levantar a cabeça, atravessar a porta que tinha à frente e durante um bocadinho esquecer o quão triste, e perdida, e revoltada e frustrada e injustiçada e... quão desesperada e derrotada me sentia.
Levantar simplesmente o nariz, sorrir e fazer de palhaço (a imagem da alegria por fora, mas só por fora, aí onde o resto do mundo vive). Por algumas horas resultou. Afinal a "conversinha " da manhã não foi assim tão grave! Que interessa se todos fazem o que querem? Que importa se se ouvem palavras menos justas, comentários menos merecidos (ou pelo menos sentidos como tal), gritos de uma fúria que se julga não ter provocado/merecido? Por umas horas fui "rainha do meu quintal", dominei o espaço, dominei a vontade, FUI GRANDE!!! sorri, brinquei, trabalhei, acariciei... que sentimento fantástico!!!
E no finzinho da manhã... a doce recompensa inesperada! os sorrisos, os beijos lambuzados, o ouvir o meu nome dito com tanto carinho, sentir os XIs apertadinhos de quem so abraça quem quer quando quer. Que ego não cresce nesses momentos? Quem consegue não sorrir? Eu não concerteza.
Quem me dera que todo o dia fosse assim. Quem dera que todos os dias fossem assim.

Mas não são.

quinta-feira, outubro 19, 2006

lá fora chove como cá dentro

Há realmente equilibrios instáveis que não devem ser perturbados. os últimos dias foram demasiado complicados para serem verdade...
não quero ser assim...

terça-feira, outubro 17, 2006

De Volta...

Por onde começar?
Bolas... de tanto fugir a ter de enfrentar a "página" vazia parece que se perde a prática de passar para as teclas o que se pensa e sente. Mesmo assim talvez valha a pena (re) tentar.

os últimos tempos têm sido... penosos.
Não consigo decidir o que me cansa mais: se a forma de pensar e agir das pessoas, se a minha.
Gostava de ser capaz de simplesmente desligar o fusível e dar uma de "bela adormecida", dormir na minha caixinha de cristal até lá fora estar tudo resolvido. Também não era mau ter a capacidade de desligar o "complicometro", desmontar todos os obstáculos intransponíveis que vejo no meu caminho e ultrapassá-los um bocadinho de cada vez. Talvez assim fosse mais fácil não?
Mas o facto é que ainda não consegui aprender a deixar de sentir. E, acima de tudo, deixar de pensar e repensar nas coisas. Será defeito ou feitio?

Hoje fui "visitar" o meu "Dr. dos parafusos". por vezes interrogo-me se essa não será mais uma forma de "fuga", ou talvez uma muleta emocional. O facto é que se normalmente me "deixo andar" nesta semi-vida cinzentona, quando se aproxima a data da marcação dou por mim a rever mentalmente o que precisa de ser dito e a anlisar mais a fundo as situações dramáticas que tanto influenciaram a minha vida nesse período. Será bem fazer isso? Não sei. mas de qualquer maneira eu acho positivo. pelo menos sempre dá para relativizar algumas coisitas. Mas hoje... não senti que tivesse corrido bem... saí carregadinha de questões, dúvidas, ... sei lá!

segunda-feira, julho 10, 2006

REVOLTA POR SER CABEÇA NO AR

A última semana foi dificil de ultrapassar.
Para começar bem mal... se é que a expressão existe!... de regresso a casa, com a cabeça a mil pelas coisas que ficaram por fazer, um encontro indesejado e suficiente perturbador para marcar o espirito do resto da semana.
Quantos de nós não andam pelas ruas imersos em pensamentos, tentando ocupar o tempo "perdido" entre a chegada e a partida com a organização do que é necessário fazer? Andava eu perdida em devaneio quando um tarado (em termos bem comuns e sem floreados) se atirou para cima de mim. E eu com a cabeça tão longe, mas tão tão longe que nem consegui reagir!
Se o acontecimento em si já é perturbador, o não ter reagido deixa-me furiosa e revoltada comigo mesma. tanta coisa que podertia ter feito (gritar não me valeu de muito já que quem ia a passar não fez se quer um gesto para me acudir!), um simples movimento mais brusco teria concerteza feito grande diferença! e eu ali bloqueada!

Mas valham as pequenas vitórias (e anos de estudo claro!) que me permitiram não me fechar na concha de "vitima desprotegida e traumatizada" e levantar o nariz bem alto e seguir com a vidinha, aparentando a segurança de quem não se deixará apanhar novamente desaprevenida. é lógico que tanta segurança não é totalmente real mas, pelo menos, permitiu-me fazer o mesmo percurso vezes e vezes durante a semana, até que o coração já não disparasse só de entrar na rua.

quinta-feira, junho 22, 2006

PORQUE AINDA HÁ DIAS BONS

VIVA OS DIAS BONS!
viva os dias em que se acorda "de sol" apesar de lá fora estar enublado, os dias em que se está bem disposto, em que apesar de não se estar cheio de certezas... isso também não importa. Viva os dias em que se sorri por sorrir e em que se diz BOM_DIA com enfase no BOM!

hoje saí de casa sem aquele amargo de boca que já se torna tradicional, o coração a bater calminho, o humor sereno (nem de rastos nem nos pincaros). Fiz o que tinha a fazer... bem, nem tudo mas ... quem está a contabilizar? conversei um pouco, ri um pouco, ajudei um pouco. Foi bom.
Fui à escola e acabei a colaborar no desenho dos cenários da festa de fim de ano, foi bem porreiro! Hoje senti que pertenço um bocadinho ali. é bom pertencer.

quarta-feira, junho 21, 2006

hoje senti-me só. tão incrivelmente só que a alegria que explodia lá fora foi incapaz de me tocar.
hoje precisei de ouvir uma voz "amiga" que não chegou, mesmo tendo hora marcada para ligar; precisei de um "colo" confortável onde me aninhar, um "porto seguro" onde me recolher um pouco e recuperar forças, e quando olhei ... não estava lá.

convencemo-nos que quando precisamos muito, quando nem tudo corre bem, haverá sempre alguém que sente a nossa aflição e que, mesmo sem termos pedido, aparece e estende uma mão, oferece um ombro, e diz as palavras mágicas que fazem sumir em menos de nada os probleminhas tolos, as inseguranças, a solidão... mas nem sempre é assim. às vezes tornamo-nos tão pequenos, tão insignificantes perante as inúmeras voltas da vida, que ficamos como que invisiveis... mesmo aos olhos daquelas pessoas para quem achamos que seremos sempre prioridades.

segunda-feira, junho 05, 2006



nos últimos dias várias pessoas me enviaram este excerto. Podia tê-lo tratado como a todas as outras mensagens recorrentes que recebo... mas esta tocou-me. neste momento da minha vida em que me sinto algo perdida, em que sei que a Vida me deu muito de bom mas que não me sinto satisfeita com o que tenho, muito menos comigo mesma... este texto toca bem fundo.

eu acredito que somos plenamente responsáveis pela gestão da nossa VIDA, somos nós próprios os seus construtores e também os seus "melhores" demolidores com a nossa permanente insegurança, com os medos, com o receio de que alguém olhe para nós por mais do que um mero instante e veja para além da personagem que tanto nos custa manter.

sexta-feira, junho 02, 2006

é sempre complicado começar...
o que hei-de dizer?
será a minha vida tão interessante que justifique ter um blog...
mas no fundo não se trata puramente de escrever para outros lerem... é mais para "despejar" pensamentos, opiniões, desejos... dizer asneiras sem a eterna critica...

hoje, eu gostaria simplesmente de ser capaz de começar de novo.

Tenho um novo visual, ao qual ainda não me habituei, e que é uma espécie de externalização do que sinto... se hoje olho ao espelho e não me reconheço, se não me sinto totalmente à vontade com a minha imagem, já faz muito tempo que sinto viver num "corpo" desajeitado no qual eu própria não encaixo bem. que ideia estranha! não encaixar bem no próprio "eu".

bem dizia a mamã que a ver as coisas como as vejo tem de ser muito dificil viver! e não é?
Nada é exectamente o que se pensa e as coisas nunca acontecem como se imaginou, fica-se sempre um pouquinho aquém ... falta sempre o tal Danoninho, um bocadinho "assim" que faz toda a diferença. as conquistas nunca são completas.

Se noutros dias a maior vontade é parar, sentar no chão, chorar e esperar que passe... que a vida avance e se esqueça de me levar, que me dê tempo para procurar o que quer que seja que perdi lá mais atrás no caminho, e que me impede de pertencer ao grupo dos "fantásticos" - aqueles que são o que sempre quiseram ser, e que todos acham que eles deveriam ser, os que são aceites por mais calinadas que façam, os sociais e sociáveis... Hoje acho que gostaria de começar de novo. Sorrir mais, dizer as palavras certas nos momentos certos, ser e sentir-me adequada neste teatrinho.