terça-feira, março 11, 2008

CAINDO NA REALIDADE

Por vezes tudo se torna, ou parece, mais importante que parar e olhar para o espelho.
Os "meus meninos" de um lado e do outro, aqueles que não me pertencem mas que preenchem grande parte dos meus dias e dos meus pensamentos, os trabalhos (uns mais prazerosos de fazer que outros), as obrigações em casa, ... tudo... tudo parece bem mais importante, tudo parece ter prioridade. E passam os dias, a correr, a correr muito e o "espelho" fica largado num canto, à espera do momento ideal para parar... pensar... sentir... escrever.

Engraçado como o que uns meses antes permitiu pintar de mil cores um mundo que parecia algo monótono e muitas vezes cinzentão de repente se transforma no motivo de dias negros, tempestuosos, morrinhentos, sei lá...

Chove mais cá dentro que lá fora e não posso saber ao certo quando terminará a "estação das Monções".
E fazemo-nos fortes, ou pelo menos tentamos parece-lo, por nós pelos anjinhos muito queridos que nos rodeiam, pela imagem que todos defendem de que nada disto é dramático... e não é... ou... se calhar é...
Que mundo estranho este em que não nos damos o direito de mostrar abertamente o sofrimento pelos projectos adiados, alterados, ...
Não é que pense propriamente na injustiça de não poder ter o que desejo da mesma forma perfeita e natural da maioria das pessoas, nem sei bem se se trata de injustiça ou de simples azar ... mas por uma vez gostava de não ter de ir pelo caminho das montanhas para chegar onde muitos outros chegam pelos vales verdejantes.

e é a espera ... a eterna espera... mesmo quando queremos correr... voar... e por todo o lado aparecem sinais de STOP... para , espera, tem paciência... muita paciência

"porta-te bem"... "não resmungues"...
"não mostres que sofres"... não sofras... não adianta de nada... "afinal " o que não tem remédio remediado está" e tu tens montes de soluções" ... certo? fácil falar... mais dificil sentir, saber , digerir...

sim os primeiros dias depois das "boas noticias" pareceram bem menos dramáticos que o previsivel... mas agora? agora a sensação de estar a andar devagar devagarinho quase quase parado deixa demasiado espaço para pensar, ponderar, ruminar...

eu sei que vivo demasiado no imediato, que quero sempre tudo para ontem mas... 2/3 meses tv 6M daqui de onde estou parece uma eternidade para esperar para talvez pensar em agir... o vazio dificilmente me acalma... preciso de prazos, tempos, acção e não de previsibilidades... respostas concretas com algo a que me agarrar...
Talvez seja o "cosmos" a dizer-me que não é esta a minha missão... talvez deva satisfazer-me com "olhar pela montra da loja de brinquedos" sem almejar levar um comigo para casa.

1 comentário:

Anuska disse...

Olá!
Vim visitar-te depois da mensagem que deixaste no meu blog e gostei muito das tuas palavras; gostei muito da forma como expressasteum desejo que nos é comum: ser mãe. Espero que o concretizes depressa e que sejas muito feliz. Até à próxima visita!Muitas beijocas!